Andaram reclamando por ai.
Então: Aviso! Se você ainda não viu o filme, não leia. Tem SPOILERS!
O Blog Sonora conseguiu um convite para a disputadíssima cabine de Homem-Aranha 3, filme que chega aos cinemas brasileiros no dia 4 de maio. Confesso, achei que ficaria de fora. Afinal, só havia 150 lugares para jornalistas e convidados. Mas, aos 45 minutos do segundo tempo, o tal convite surge em meu e-mail. Que beleza!
Bom, vamos ao que interessa.
Tá bem longo, mas o Aracnídeo merece.
Sem dúvida, este é o melhor filme do Aranha. Já na apresentação do elenco, há um resumo dos dois primeiros filmes do Cabeça de Teia: você poderá rever como Peter Parker ganhou poderes especiais, sua luta contra o Duende Verde, o duelo contra Dr. Octopus, e o momento que Mary Jane descobriu a identidade secreta do Homem-Aranha. Ótimo para quem não viu os dois longas anteriores. Uma grande sacada do diretor Sam Raimi.
Prepare-se para ver um Homem-Aranha extremamente humano e deslumbrado com o sucesso. Afinal, pela primeira vez, tudo vai bem na vida do sofrido herói: ele está namorando com Mary Jane, que é protagonista de um musical na Broadway, e nenhum grande vilão ameaça Nova Iorque. "Todos me amam", diz o Aranha.
A paz de Parker tem fim quando o primeiro vilão do filme, Harry Osborn, resolve aparecer para vingar a morte de seu pai, o Duende Verde. O confronto termina com a vitória do herói, e Duende Jr. (?) no hospital. Harry perde parte de sua memória, portanto, não existe mais o tal desejo de vingança. Com uma atitude oportunista, Peter resolve não dizer nada ao "amigo".
Os mais impressionantes efeitos especiais ficam por conta do Homem-Areia. Convence mesmo. O segundo antagonista de Homem-Aranha 3 ganha forma após Flint Marco, fugitivo da cadeia, cair em um tanque de areia e ser bombardeado com radiação. Ao descobrir seus poderes especiais, ele começa a assaltar bancos e dar trabalho ao Aracnídeo.
Como se dois vilões não bastassem, Mary Jane é muito criticada por seu desempenho no musical e isso acaba abalando o seu namoro com Peter. Aqui, há um claro embate entre fracasso e êxito. E M.J vai se consolar com o bonzinho Harry Osborn.
No Clarim Diário, Peter Parker agora tem concorrência. Eddie Brock, um fotógrafo bajulador, ameaça seu emprego. Ainda falando do Jornal Clarim, o ator J.K Simmons merece uma homenagem. Ele está, mais uma vez, perfeito como J. Jonah Jameson e protagoniza a cena mais engraçada do longa. É impagável.
A partir de sua metade, o filme ganha contornos sombrios. Harry Osborne recupera a memória e faz Mary Jane terminar com Peter. Quase simultaneamente, descobre-se que Flint Marco, o Homem-Areia, é o verdadeiro assassino de Ben Parker. Frustrado, o Homem-Aranha deixa o desejo de vingança tomar conta, e o simbionte negro, que chegou a Terra dentro de um meteoro, domina o herói e deixa seu uniforme negro.
O Aranha negro é rápido e rasteiro. Mais poderoso, ele Detona Harry Osborne e Homem-Areia rapidinho; vai até o Clarim Diário e ganha o emprego de Brocke. Não satisfeito, convida Gwen Stacy para sair e a leva até o bar onde Mary Jane, que voltou a ser garçonete, trabalha. Se você teve saco para ler a resenha até aqui, deve estar pensando que o terceiro longa do Aranha é perfeito, certo? Não. Infelizmente, ele escorrega na reta final.
É até engraçado, mas, acredite, Peter Parker vira Emo (!) enquanto está sobre influência do simbionte negro. Com lápis preto no olho e cabelo jogado na cara, o Aranha causa má impressão. Nada contra os Emos, mas não era necessário mudar o visual do Peter, e sim a sua personalidade, o que, em contrapartida, foi bem realizado, tirando algumas cenas exageradas de comédia que confrontam com a proposta do sombrio.
Perdido, Parker se dá conta que o simbionte está mudando seus princípios e, com sacrifício, consegue se separar do uniforme negro. Logo após, a substância alienígena encontra seu hospedeiro definitivo: Eddie Brock. Finalmente, Venom, o terceiro vilão (!), ganha forma. E está perfeito, igual ao quadrinho.
Venom se junta ao Homem-Areia, já recuperado da surra, para dar fim ao Homem-Aranha. Eles capturam M.J para atrair o herói até a armadilha.
Voltando ao uniforme original, Peter reconhece que não pode com os dois vilões e vai pedir a ajuda de Harry Osborn. Com o rosto deformado devido ao confronto com o Aranha negro, o novo Duende nega auxílio.
Seqüência final do longa. E o Aranha apanha, apanha e apanha mais um pouquinho. Até que chega Duende Verde Jr., que soube pelo seu mordomo, testemunha ocular da luta entre Homem-Aranha e Duende Verde, que não foi Peter o assassino de Norman Osborn. Como? Só agora o mordomo abriu a boca? E tem outra: colocaram três vilões no filme para o Homem-Aranha não dar conta?
Com o reforço de Harry, O Aranha tem tempo para derrotar Venom. O Homem-Areia é neutralizado. Após a batalha, Flint Marco reaparece e diz que o assassinato de Ben Parker foi um acidente. Peter o perdoa.
O filme termina com Parker indo até o restaurante de Mary Jane para pedir perdão. Os dois se abraçam. E fim.
Homem-Aranha 3 é um ótimo filme, a melhor adaptação de quadrinho para a telona, com grandes efeitos especiais e roteiro bem amarrado; mas seria notável se não houvesse algumas cenas dispensáveis e muitos vilões. Faltou um pouco de descrição do meio para o fim, faltou assumir o clima pesado e sombrio anunciado nos trailers. E Venom, que foi tão bem guardado pela Sony, ter um pouco mais de destaque.
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Marcadores: Cinema